Eu temo pela minha espécie quando penso que Deus é justo. - Thomas Jefferson

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Leona Lewis apoia campanha da WSPA, é vegetariana e diz que “sente nojo” quando vê pessoas usando peles

A cantora Popstar britânica e ativista pelos direitos animais Leona Lewis disse à revista Live que sente nojo quando vê pessoas usando peles verdadeiras.
“Os animais são muito maltratados”, Leona disse. “Quando eu vejo pessoas a usar peles, principalmente jovens cantores, eu fico nauseada.”
Ela contou ainda que para o seu primeiro ensaio fotográfico a produção trouxe peles, penas e“tudo aquilo que eu desprezo. Eu tive que deixar claro que eu simplesmente não faço isso”.
A Cantora foi eleita a vegetariana mais sexy do mundo em pesquisa realizada pelo PETA (Pessoas para o Tratamento Ético de Animais).
Eu sou vegetariana, então não uso roupas, sapatos ou bolsas feitas de couro ou camurça ou qualquer produto vindo de animais”, disse a intérprete do hit Bleeding Love.
“Sou totalmente contra a crueldade a animais”, acrescentou ela, que conquistou o apoio do PETA.
A cantora internacional está apoiando formalmente a WSPA – Sociedade Mundial de Proteção Animal na campanha pela Declaração Universal de Bem-Estar Animal – DUBEA. Ela posou para uma sessão de fotos nos estúdios da Sony BMG, em Kensington, na Inglaterra, com a mascote da família, Misty.
– Eu quis me juntar à Sociedade Mundial de Proteção Animal porque ela visa acabar com os maus-tratos contra os animais no mundo e faz ótimas campanhas.
Leona falou sobre os motivos de seu apoio à DUBEA:
– Uma das razões pelas quais os animais são tão vulneráveis aos maus-tratos é que não existe hoje um acordo entre países mostrando que eles também podem sofrer e sentir dor. A campanha pela Declaração Universal de Bem-Estar Animal pode ser o início do fim dos maus-tratos contra os animais no mundo. Cabe a nós dar uma voz a eles, agora.

Leona Lewis apoia animais

http://www.youtube.com/watch?v=XKV2LWNwE_g

Animais são torturados e executados em distribuidora de pet-shops

Ratos nunca foram os animais preferidos dos seres-humanos. Mas ninguém tem nojo de um hamster bonitinho e limpinho brincando na roda da sua gaiola. Animais de estimação são vistos por nós com carinho e afecto.

Uma investigação com câmara escondida da PETA (Pessoas pelo tratamento ético aos animais), organização que luta pelos direitos dos animais, revelou um tratamento cruel em pet shops dos Estados Unidos.

A distribuidora Sun Pet Ltds., com base em Atlanta, Estados Unidos, foi o alvo das investigações. O infiltrado do PETA passou três meses a trabalhar na empresa que despacha animais para diversas redes de pet shops dos Estados Unidos. Alguns dos maiores clientes da Sun Pet são a PetSmart, PETCO, Pet Supplies e até o Walmart.

Atrizes de Glee participam de campanha contra o abuso de animais

Lea Michele, uma das actrizes da série Glee, participou de uma campanha do PETA contra o abuso de animais. No vídeo da organização, Lea critica o uso de pele animal e aparece na companhia de um cachorro: “Animais que são mortos por sua pele – incluindo cachorros e gatos – sofrem demais só porque algumas pessoas acham "fixe" fazer um casaco com eles”, disse a actriz e cantora.

Jane Lynch, também no elenco da série, defendeu os bons tratos aos animais domésticos. Na campanha, a actriz falou sobre o abandono de cachorros e sobre sua relação com os bichinhos: “Eu tornei-me uma pessoa muito melhor por causa dos animais”, disse a actriz durante o vídeo da organização.

Estrela de novela inglesa posa nua em nova campanha do PETA

A atriz inglesa Kate Ford, da também novela inglesa "Coronation Street", posou nua para uma campanha do PETA (famosa organização que defende os animais).
A morena protesta contra os chapéus, usados pela guarda real britânica, feitos de pele de ursos canadenses.

No anúncio, Kate aparece com uma tatuagem no braço com um desenho de uma caveira pirata usando o chapéu da guarda da rainha.

Já o slogan ´Bare Skin, Not Bearskin´ faz um trocadilho em inglês recomendando mostrar a pele (bare skin) e nao usar pele de urso (bearskin).



Brooke Shields defende o uso de pele de animais e irrita a PETA

A associação norte-americana que defende os direitos dos animais não poderia estar mais aborrecida com a modelo Brooke Shields. Em março deste ano, a modelo viajou à Dinamarca para desenhar um casaco de pele feito com o animal chamado furão.

Mas não foi apenas isso que tirou os ativistas do sério. Brooke disse que irá advogar pelo direito das jovens gerações de usarem pele de animal também. Em resposta, PETA postou uma mensagem em seu site oficial, perguntando se Brooke realmente queria ser lembrada como a ‘cafetina da pele de animal’. E essa briga parece estar só a começar.


Peta compra acções da McDonald's

A organização de proteção aos animais Peta (People for the Ethical Treatment of Animals) comprou ações de pelo menos 80 empresas cuja prática ela condena, inclusive o McDonald’s e a Kraft Foods, dois de seus principais alvos, segundo reportagem do jornal britânico Telegraph.


Tornando-se acionista, a entidade passa a ter acesso direto aos donos das empresas acusadas de maltratar ou corroborar com maltrato de animais. “Essa decisão nos dá um novo fórum para apresentar as nossas pesquisas aos executivos, acionistas e ao público”, disse ao jornal a ativista da Peta Ashley Byrne.

Segundo declarações dela ao Telegraph, os supermercados Safeway e os restaurantes Ruby Tuesday concordaram em comprar produtos de empresas que usam “métodos mais humanos de abatimento de animais” ou fornecem ovos de galinhas e carne de porco de animais criados ao ar livre.

O jornal Los Angeles Times, que também deu a notícia, comentou que agora a Peta vai tentar negociar acordo com as companhias a portas fechadas. “Se você é extremista, você consegue costurar uma certa gama de apoios. Se você se torna um investidor, você muda para uma posição mais moderada e pode mudar sua identidade e confundir os ativistas mais antigos”, afirmou ao LA Times Hayagreeva Rao, professor de comportamento organizacional na Universidade Stanford.

Palmela Anderson defende as focas

A actriz Pamela Anderson escreveu uma carta ao Presidente russo, Vladimir Putin. Mas não foi uma carta simpática. Depois de uma primeira missiva, a que não obteve qualquer resposta, Pamela Anderson voltou à carga e insistiu, pedindo, novamente, a Putin que interceda, com os seus poderes presidenciais, para impedir a importação da pele das crias de focas do Canadá no seu país.
"Como já proibiu a matança de focas bebés na Rússia, escrevo para lhe pedir que também proíba a importação de peles de crias de foca do meu país, o Canadá, onde a maior parte das focas que são mortas tem menos de três de idade", escreve Pamela Anderson, que nos últimos anos se tornou uma das mais ferozes activistas da PETA, associação de protecção dos animais.

Desta vez, apesar de Putin não ter respondido, a actriz conseguiu uma declaração do seu porta-voz, Dmitry Peskov, que afirmou a um jornal russo que o Presidente é "muito sensível" a este tipo de questões. Em Março do ano passado, o Governo proibiu a matança de crias de focas, à paulada, na Gronelândia, uma prática considerada "medieval". Neste momento, só o Canadá e a Noruega continuam a permitir a matança de focas bebés, cuja pele branca é muito apreciada. E enquanto houver possibilidade de comércio haverá quem mate focas. As peles das focas canadianas estão proibidas, há muito tempo, de entrar nos Estados Unidos, no México e na União Europeia, mas ainda podem ser vendidas livremente no território russo. Pode ser que a actriz consiga tocar o coração de Vladimir Putin.

Erupcção do supervulcão do Yellowstone

Na primavera de 2003, em Yellowstone, coisas estranhas começaram a acontecer no mais famoso parque nacional dos EUA.


O mais alto gêiser do mundo, capaz de passar 50 anos sem erupções entra em atividades, entra em atividade, lançando colunas de vapor de água super aquecida a centenas de metros no ar. O solo rachou e aqueceu ao ponto do serviço do parque nacional ter de fechar algumas trilhas. Pouco tempo depois um grupo de bisões caiu morto, vítimas de gases venenosos sob o solo.Imagens de satélite revelavam que algo ameaçador estava acontecendo sob a Terra.

Na internet espalharam-se rumores infundados de que um supervulcão, uma erupção tão grande que ocorre a apenas 700 mil anos estava prestes a explodir.

"Estas coisas acontessem. Você pode olhar para a Terra e ver as cicatrizes."

Mistérios da Ciência pergunta: se Yellowstone vivenciar uma super-erupção, os EUA conseguiriam sobreviver?

A última explosão de um supervulcão ocorreu a 74 mil de anos atrás na ilha de Toba na Indonésia, e poderia dizimar uma população inteira. Ela criou uma mini era de gelo e quase eliminou toda a vida na Terra. Erupções como esta ocorrem em média a cada 700 mil anos.

Muitos cientistas acreditam que sob o parque nacional americano de Yellowstone, famoso por seus gêiseres, exista um super-vulcão. Será verdade? Como ele foi formado? O que acontece se ele explodir? São as respostas para estas perguntas que o documentário vai buscar.

Através de pesquisa foi constatado que em Yellowstone existiram super-vulcões. Na verdade em Yellowstone já existiram três super-vulcões que explodiram a 2 milhões, 1,6 milhões e 600 mil anos atrás, com variação de 100 mil anos para + ou -. Um deles tinha uma caldeira de 100 x 40 km !!!

Hoje, existe um supervulcão? Sim. Estão sendo feitos muitos estudos e o documentário vai apresentar diversas provas de que um supervulcão está mudando a geografia do local, como um lago que é sempre deslocado pela elevação e abaixamento da caldeira, sendo que isto ocorre a milhares de anos, fato confirmado por objetos indígenas encontrados no local.

Qual seria o tamanho de sua explosão? Para responder esta pergunta você conhecerá o sistema de classificação de erupçções vulcânicas, com exemplos de explosões e seus respectivos valores. Um super-vucão seria classificado como nível 8.

Quais os sinais que uma super-erupção prestes a ocorrer dariam antes de realmente acontecer: muitos terremotos, distintos no sismógrafo, e ocorreria o soerguimento do terreno.

E finalmente é simulada a terrível explosão do super-vulcão de Yellowstone. Tudo em um raios de 100 km seria destruído. O resultado ao longo do tempo será apresentado:

- Primeiro dia: fluxos piroclásticos. Um exemplo do poder de fluxo piroclásticos será mostrado: O desastre que ocorreu em 1997 na ilha de Mont Serrat no Caribe. Sua capital foi destruída e hoje só existem escombros e cinzas, é uma cidade fantasma.

- Três dias depois: os céus estariam escuros e mortíferos. Como estaria os EUAs? Aviões e carros paralisados, centenas de incêncios florestais, visibilidade muito baixa, interrompimento de energia elétrica, chuvas que levariam lama aos rios e paralisariam usinas. Provavelmente 500 mil pessoas morreriam na área central.

- Sete dias depois: a 1600 km de distância as cinzas continuariam a cair e a matar pessoas. As cinzas são na verdade rochas pulverizadas, como cacos de vidros pontudos diminutos. O documentário vai mostrar o que acontece a animais e pessoas que respiram cinzas vulcânicas. A Doença de Mari é causado pela parada de funcionamento do pulmãos que descontrola o crescimento dos ossos e após um mês a morte chega.

- Dois anos depois: Os piores resultados ocorrem agora. Os gases permanecem no ar, mudando o clima do planeta. Um exemplo recente é citado. Conheça a história do ano sem verão que ocorreu em 1816, causado pelo vulcão Tampora, em Java, a 16.000 km de distância do local. Um supervulcão causaria um esfriamento muito grande, com gelo e neve mesmo em regiões equatoriais, o que mataria toda a vegetação no solo. A fome chegaria e milhões de pessoas na Terra morreria.

Mas a pergunta crucial: em Yellowstone um super-vulcão pode explodir? E o mais importante: quando?

Para responder quando, a chave é entender a composição do magma abaixo. Antes de explodir, a câmara de magna tem que ter mais de 50% de material derretido. Quanto tem hoje? Apenas 10%... Mas em 2003 cientístas viram sinais como longas rachaduras no solo, o maior geiser do mundo ficou ativo, o solo aqueceu muito, animais morreram com gases mortais saídos do solo. O que significariam estes sinais? Eles fazem parte de um ciclo.

Para finalizar é concluído que é improvável que ocorra uma super-erupção num futuro próximo, mas quando isto ocorrer, os EUA ficariam arrasados assim como o resto do mundo.

domingo, 6 de junho de 2010

206 farmacias ja tem serviço so para animais


Trata-se de um espaço onde se vende produtos veterinários e se dá conselhos.

Os medicamentos e os produtos para utilização veterinária têm vindo a conquistar um espaço crescente nas farmácias nacionais. E já são, pelo menos, 260 os estabelecimentos que pelo País têm um Espaço Animal, orientado para a saúde e o bem-estar dos bichos de companhia. O objectivo é chegar aos 350 até final do ano.
"As farmácias já têm montada uma rede a nível nacional com know-how em matéria de medicamentos que pode ser aplicado na utilização veterinária", diz Carlos Godinho, responsável pelo desenvolvimento do projecto. "De acordo com a lei, podem existir estabelecimentos só para venda de medicamentos veterinários. Mas é uma coisa nova, ainda sem expressão em Portugal. "O nosso objectivo é aproveitar a rede de farmácias para com muita facilidade conseguirmos estender a oferta à generalidade do território nacional", acrescenta o responsável, lembrando que o projecto-piloto teve início em 2007.
Longe vai o tempo em que os animais eram tratados com medicamentos para uso humano, cujas doses eram adaptadas às especificidade de cada raça. "Hoje temos no mercado produtos para quase todos os tipos de patologia, estudados e testados especificamente para os animais, o que dá uma garantia muito maior em termos de segurança", conta Carlos Godinho, ele próprio médico veterinário. Além disso, segundo este médico, os medicamentos para uso animal oferecem agora riscos "muito menores", sendo no entanto necessária alguma formação específica por parte dos farmacêuticos.
"É frequente as pessoas chegarem à farmácia com dúvidas sobre a melhor forma de administrar um medicamento que foi prescrito ou com dúvidas sobre a utilização de outros cuja venda é livre."
Por isso, o Espaço Animal inclui acções com uma componente formativa e com um objectivo claro: "Dar aos farmacêuticos ferramentas para que possa existir um aconselhamento correcto sobre a forma de os medicamentos serem administrados sem riscos, quer para os animais quer para os próprios utentes."
Entre as dúvidas colocadas pelos clientes, ganham relevância questões sobre a desparasitação e a utilização de suplementos alimentares.
Assunção Matos, proprietária de uma farmácia na Maia onde esta oferta já existe desde Setembro passado, diz que a procura aumentou quando passou a ser dada visibilidade aos produtos veterinários: "Temos um conjunto de prateleiras com o mais variado tipo de produtos, desde desparasitantes a champôs, por exemplo, e as pessoas começaram naturalmente a fazer perguntas."
Por isso, a farmácia criou uma espécie de "passaporte", onde consta o mais variado tipo de informações sobre os animais de companhia. "Ter um animal em casa obriga a fazer profilaxia e a ter determinados cuidados sob risco de a própria saúde das pessoas ser posta em causa", assinala Assunção Matos, sublinhando que o facto de este espaço existir numa farmácia "confere credibilidade" ao aconselhamento. "Antigamente, todos os medicamentos veterinários estavam armazenados no interior da farmácia, não eram visíveis, e o nosso aconselhamento era menos solicitado", diz a farmacêutica.

Home detido por maltratar animais

Um funcionário de uma quinta, especializada em produtos lácteos, em Plain City, Ohio, nos Estados Unidos, foi detido por crueldade contra os animais. A denuncia partiu de uma associação de defesa dos direitos animais, a Mercy for Animals. Esta organização filmou com câmara oculta Billy Joe Gregg Jr., de 25 anos, aos murros na cabeça de vacas adultas e vitelos.
Billy Joe Gregg vai agora a tribunal responder por 12 crimes de crueldade contra animais, no próximo dia 10 de Junho, avança a agência «Associated Press». O funcionário da Conklin Dairy Farms, que já rejeitou ter conhecimento do comportamento deste, arrisca-se a cumprir uma pena de 90 dias e a uma multa. Entretanto, para recuperar a liberdade, Billy Joe Gregg teve de pagar cem mil dólares de fiança (80 mil euros).
Algumas das imagens recolhidas pela Mercy for Animals mostram o acusado a usar, além das mãos, barras de ferro e pés de cabra para agredir os animais.

Animais sofrem com o maior desatre dos E.U,A.

O presidente dos Estados Unidos visitou pela terceira vez a área atingida pelo vazamento de petróleo no Golfo do México. Barack Obama cobrou mais rapidez da empresa British Petroleum para indenizar as famílias afetadas pelo desastre ambiental.
A operação aconteceu a 1.600 metros de profundidade. Uma cúpula de metal amarelo com o formato de um grande sino ligado a um tubo foi feita para vedar o poço e funcionar como uma espécie de aspirador gigante, levando o petróleo para os porões de um navio. A peça foi encaixada na ponta do cano com a ajuda de robôs. Mas o vazamento não foi totalmente contido. De cada cem litros de petróleo que continuam se espalhando no mar, apenas cinco estão sendo sugados pelo equipamento e armazenados na superfície.
Os técnicos da Britsh Petroleum disseram que o óleo ainda vaza por válvulas que serão fechadas aos poucos. Se desta vez tudo der certo, eles esperam chegar a recuperar 90 de cada 100 litros que escapam do poço danificado.
Na superfície, a mancha já é tão grande que seria capaz de cobrir todo o estado do Rio de Janeiro e ainda uma pequena parte de São Paulo e de Minas Gerais.
Nesta sexta-feira (4), o presidente Barack Obama voltou ao estado de Louisiana para visitar comerciantes e moradores que estão tendo prejuízos com o desastre ambiental. Ele disse que ainda é cedo para ser optimista com relação ao fim do vazamento.
O óleo já chegou a várias reservas ambientais da costa do estado da Lousiana. Hoje, agentes do governo responsáveis pelo resgate de animais estiveram em um santuário de pelicanos atingido pela maré negra do petróleo.
Quase não dá para ver os animais debaixo de tanto óleo. Alguns respiram com dificuldade. Dezenas de pássaros foram resgatados. Mas, segundo os técnicos, pelo menos um terço deles não vai sobreviver.

Parque Biológico tratou mais de 18 mil animais

É num antigo prefabricado que já serviu de escritório da EDP na Barragem do Torrão que a equipa do Centro de Recuperação do Parque Biológico de Gaia trata e salva animais, muitas vezes de uma morte certa e dolorosa. Em 25 anos, acolheu mais de 18 mil.
O trabalho é feito com poucos meios e num edifício envelhecido, mas permite dar uma segunda oportunidade a animais abandonados pelos donos, feridos e capturados pelas autoridades. Em colaboração com o Parque Nacional da Peneda-Gerês e do Parque Natural da Serra da Estrela, foi possível restituir alguns à Natureza após meses de recuperação. O bufo-real, que chegou com hematomas, escoriações na asa esquerda e queimaduras (em Dezembro de 2006) depois de embater em cabos de alta tensão, é um bom exemplo. Voltou à liberdade em Agosto de 2007. Tal como o bufo-real, grande parte dos pacientes do centro são aves. O pintassilgo, o pombo, a gaivota, o melro, o pintaroxo, o andorinhão, o chamariz, a gralha-preta e a águia de asa redonda estão entre os visitantes habituais. Porém, a variedade de espécies que o centro recebe desde 1985 é assinalável. De ano para ano, o número de animais acolhidos tem aumentado. No ano passado contaram-se 2660, mais 668 do que em 2008. A maioria foi entregue por particulares.
"O grande valor desta actividade de recuperação dos animais não é para a conservação da natureza, mas para a sensibilização ambiental. As pessoas estão cada vez mais conscientes e, por isso, sobe o número de entregas no parque", entende Nuno Oliveira, presidente do Parque Biológico. As estrelas do momento são quatro petos verdes (pica-paus) a caminhar para a adolescência.
"Foi uma carrinha que embateu numa árvore e fez tombar um ramo. Houve alguém que ouviu piar no interior do tronco. Era um ninho de petos", conta a veterinária Vanessa Soeiro. A incubadora ajudou as aves a fortalecerem-se. O próximo passo é ensiná-las a procurar comida sozinhas. "Vamos colocá-las numa gaiola pequena onde terão um tronco com escaravelhos e larvas para ver se têm o instinto de ir buscar comida", atenta. Se correr bem, mudar-se-ão para um espaço maior para ensaiarem o voo. Quando tiverem autonomia, serão libertadas. Para Vanessa Soeiro, esse é o momento mais gratificante do trabalho.
O sonho da equipa do Parque Biológico é poder dar mais conforto e melhores condições de recuperação aos animais. Razão pela qual procuram, há anos, financiamento comunitário para renovar as instalações e construir um túnel de voo e duas câmaras de muda. Bastam 300 mil euros. As duas primeiras candidaturas foram chumbadas. A terceira foi aprovada recentemente, mas ficaram a saber, depois, que afinal não havia verba para distribuir. "Não é justo que seja só o Município de Gaia a pagar a factura. Estamos a fazer de hospital público e a exercer uma competência que é do Estado", conclui Nuno Oliveira.

Animais mais feios recebem menos atenção

Um estudo da Universidade de Pretória descobriu que  os animais mais próximos do homem, como o chimpanzé,  e mais bonitos, como o leopardo, são mais estudados e alvo de conservação do que os feios, como o peixe-bolha e  o glutão. Uma atitude que, admitem os peritos, pode  estar a desequilibrar os 'habitats' .

Os animais também sofrem com complexos de estética. Não propriamente por as espécies se acharem mais bonitas ou feias, mas sim pela visão que os cientistas têm delas. Um estudo da Universidade de Pretória chegou à conclusão de que os animais mais bonitos ou com relações mais próximas com o homem receberam muito mais atenção dos cientistas do que aqueles que têm um ar mais feio ou desagradável. Esta negligência pode causar a extinção dos animais menos interessantes.
Traduzindo em números, as chimpanzés foram, desde 1994, dedicados 1855 estudos; já o manatim foi estudado apenas 14 vezes.
"Os problemas ambientais atingem tanto os animais 'giros' como os 'feios'. A diferença vem quando os grupos de conservação da natureza precisam de pedir dinheiro às pessoas para salvar as espécies", explicou ao DN o norte-americano Nathan Yaussy, mentor do blog Endangered Ugly Things (http://endangered-ugly. blogspot.com/).
Se virmos os dados acerca dos estudos feitos em espécies de animais, vemos que o top 3 é liderado por animais bonitos (suricata e leopardo) ou próximos do Homem (chimpanzé). "Existe um grande preconceito entre os investigadores, que preferem os animais giros e mais interessantes", diz o estudo. O suricata, por exemplo, foi mencionado em mais de cem publicações desde 1994, enquanto espécies como o manatim só recebem 14 estudos e outras são mesmo ignoradas, com o glutão ou o peixe-bolha. "Os cientistas são pessoas como as outras", refere a investigação.
O resultado desta negligência pode ser o desequilíbrio de todo um habitat. É por isso que já se começa a inventar estratégias para contornar esta tendência, como fez a Liga de Protecção da Natureza (LPN) ao convidar as pessoas a proteger esses habitats. "As pessoas associam-se mais ao animal do que ao habitat, excepto quando se fala em recifes de coral ou na Amazónia", explica Alexandra Cunha, presidente da LPN.
Por isso, para proteger animais menos carismáticos, foi preciso alargar o âmbito da iniciativa e escolher uma "espécie-chapéu" para ajudar: "Para chamarmos a atenção sobre algas em perigo no Sado decidimos sugerir às pessoas que adoptassem o habitat, neste caso uma pradaria-marinha. Usámos um cavalo-marinho como 'espécie-chapéu' e assim protegemos as algas, que, só por elas, não conseguiriam apoio", desvenda.